quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Vencedora de dois prêmios no Globo de Ouro, a série Breaking Bad celebra seu sucesso na tela da Record

O jovem jornalista Alan de Faria sabe tudo de cinema, séries e teatro. É dele a resenha que segue abaixo, sobre o novo sucesso em exibição na TV Record, a consagrada série Breaking Bad. Especialmente também para o TV tudo isso...

Considerada um marco na televisão americana, a premiada série Breaking Bad tem sido exibida na tela da Record neste começo de ano. A atração, que é exibida de segunda a sexta-feira, às 23h15, acompanha o dia a dia de um professor de Química sem grandes perspectivas de crescimento profissional, que, ao ser diagnosticado com um câncer terminal, resolve produzir e traficar metanfetamina para garantir o futuro de sua família.

Breaking Bad foi um dos destaques do Globo de Ouro, realizado no último dia 12. Na premiação, levou as estatuetas de melhor série dramática e de melhor ator (Bryan Cranston). Além disso, a atração, que acumula em seu currículo dez prêmios Emmy, considerado o Oscar da televisão norte-americana, é considerada uma das melhores produções já feitas para a TV. Isso não só se refletiu entre a crítica especializada como também em sucesso de público. Para se ter uma ideia de sua repercussão, a  produção estreou nos EUA, em 2008, com 1,4 milhão de telespectadores. Na quinta temporada, obteve a média de 6 milhões. O episódio final, exibido em setembro de 2013, alcançou a marca de 10,3 milhões de espectadores no país.


O início da aventura de Breaking Bad poderá ser conferido agora, pela primeira vez na TV aberta, na Record. Logo no primeiro episódio, o espectador descobre como o professor de Química Walter White (Bryan Cranston) se engaja no lucrativo, porém perigoso, tráfico de metanfetamina. Para isso, ele se junta ao seu ex-aluno Jesse Pinkman (Aaron Paul), que quase é preso pelos policiais da Agência de Controle de Narcóticos, durante o desmanche de um laboratório clandestino. O público também conhecerá a vida familiar de Walter White, que inclui uma mulher grávida – Skyler White (Anna Gunn) -  e um filho que sofre de paralisia cerebral – Walter White Jr. (RJ Mitte).

Sabendo que tem uma doença terminal, Walter White será capaz de tudo para não ser preso, manter vivo o tráfico de metanfetamina e ainda garantir o sustento para a sua família. Violência, desespero, fuga e perigo rondam Breaking Bad, uma série de tirar o fôlego.

"De onde veio isso? E por que foi tão bom? Porque foi ilegal"
(um dos diálogos do último episódio da 1ª temporada de "Breaking Bad")

Ok, ok, confesso, demorei a entrar na onda de "Breaking Bad", uma das séries mais premiadas dos últimos anos. Mas, claro, nunca é tarde, não é mesmo? Violência, drogas, algum rock'n roll e muitas situações de tirar o fôlego. 

A série vai ao ar de segunda a sexta-feira.


Na boa, como diria Jesse, "Unmissable, bitches!". Não perca!!!

Confira também os trailers da primeira temporada da série, clicando nos links disponíveis abaixo:



Curiosidades:

Vince Gilligan, criador de Breaking Bad, é também o responsável pela premiada e popular série Arquivo X, fenômeno da TV na década de 1990.

Breaking Bad já ganhou dez prêmios Emmy, incluindo o de melhor série dramática em 2013.

Bryan Cranston, o ator que dá vida ao protagonista Walter White em Breaking Bad, foi o vencedor do Emmy de melhor ator em série dramática três vezes seguidas, nos anos de 2008, 2009 e 2010

Outros atores do elenco de Breaking Bad, Aaron Paul e Anna Gunn, também já foram premiados no Emmy.

Ficha Técnica:

Breaking Bad
Título original: Breaking Bad
Produção: EUA, 2008
Criador: Vince Gilligan
Elenco: Bryan Cranston (Walter White), Anna Gunn (Skyler White), Aaron Paul (Jesse Pinkman), RJ Mitte (Walter White Jr.), Dean Norris (Hank Schrader) e Betsy Brandt (Marie Schrader)

Breaking Bad estreou em 14/1 e vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 23h15, logo após a novela Pecado Mortal.

Classificação: Programa não recomendado para menores de 16 anos.

Alan de Fariaespecial para o TV tudo isso

Alan de Faria, 29 anos (quase 30!), jornalista, com passagens nas editorias de cultura dos jornais "Destak", "Agora", "Folha de S. Paulo", e também colaborador da revista "Ocas". Fã de cinema, séries e teatro. Tendo um bom roteiro e personagens intrigantes, pronto, as produções ganham um fã. Ah, claro, uma boa trilha sonora é sempre bem-vinda.



Fotos de Divulgação: Comunicação da Rede Record

domingo, 8 de dezembro de 2013

Retrô-TV - Seriados de Cinema: Aventura na dose certa

Assim como George Lucas, o criador de “Indiana Jones” e de “Guerra nas Estrelas”, muita gente assistiu aos fabulosos seriados de cinema, dos anos 30, 40 e 50.

Exibidos nas matinês das melhores salas de projeção do planeta, antes do filme principal, eles também fazem parte do início da televisão em todo o mundo. 


Seu tempo de duração variava de quinze a vinte minutos, mas os primeiros capítulos sempre eram mais longos para explicarem melhor o enredo.

Muitos dos seriados se notabilizaram pelo clímax, o ponto alto da narrativa, em que o herói ou a heroína tentavam escapar de uma cilada, ou armadilha, exibida sempre antes do final de seus 12, 15 ou 18 episódios, que eram assistidos pela criançada da época, uma vez por semana, nos melhores cinemas das grandes metrópoles.

E o que importava na trama, era sempre a dose certa de aventura, mistério, emoção e diversão.

Dentre os mais famosos, com exibição de muito sucesso aqui no Brasil, lembramos: “A Deusa de Joba”, “Jim das Selvas”, “Os Perigos de Nyoka”, “Congo Bill”, “A Filha das Selvas”, “O Segredo dos Túmulos”, “O Agente Secreto X-9”, “O Fantasma”, “Mandrake”, “O Rei da Polícia Montada”, “Flash Gordon”, “A Adaga de Salomão”, “O Homem Foguete”, “O Sombra”, “A Mulher Pantera”, “Buck Rogers”, “Os Tambores de Fu Manchu”, “O Falcão Negro”, “Capitão Marvel”, “Capitão América”, “Super-Homem”, “Batman”, “O Capitão Meia-Noite”, “O Ás Drummond”, “Dick Tracy”, “Terry e os Piratas”, “Os Três Mosqueteiros”, “O Dragão Negro”, “O Chicote do Zorro” e “A Ilha Misteriosa”.


Astros e estrelas como Kirk Alley, Rod Cameron, Victor Jory, Buster Crabbe, Allan Lane, John Wayne, Jean Rogers, Carol Forman, Tom Tyler, Clide Beatty, Lloyd Bridges, Keye Luke, entre muitos outros, estrelaram estes filmes B, rodados em preto e branco, com baixo orçamento, exibidos em várias partes (episódios ou capítulos), e conquistando a garotada de seu tempo.

Neles, homens duros de coração mole, também acabavam seduzidos por mulheres sedutoras de coração duro.


Atualmente, a grande maioria destes saudosos seriados de cinema pode ser adquirida em DVD. Em suas histórias, com bastante simplicidade, o bem sempre triunfa sobre o mal. 

Guia das fotos publicadas:


Foto 1 - A Adaga de Salomão
Foto 2 - Os Tambores de Fu Manchu
Foto 3 - Fantasma
Foto 4 - Homem Foguete
Foto 5 - Batman
Foto 6 - Capitão Marvel
Foto 7 - Capitão América
Foto 8 - A Deusa de Joba (Darkest Africa)
Foto 9 - Falcão Negro

Clique no link abaixo e veja os episódios do seriado Buck Rogers, de 1939, com Buster Crabbe:


Clique no link abaixo e veja o primeiro episódio do seriado A Adaga de Salomão, de 1943, com Rod Cameron, relançado em 1954:


Para adquirir DVD's de colecionadores destes seriados de cinema de época, procure o Ozéias Borges, no link abaixo:


Agradecimentos: Divulgação da Universal, Republic, Columbia, RKO, American Film Company, Paramount.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Babylon 5 - A Eterna luta do Bem contra o Mal

Poucos escritores de fantasia definiram tão bem a eterna luta do bem contra o mal como J. R. R. Tolkien, o criador da saga de O Senhor dos Anéis.

E poucos roteiristas de séries de TV e de ficção científica conseguiram tão bem adaptar a sua filosofia e os seus ensinamentos como J. Michael Straczynski, o criador de Babylon 5.

Foram 5 temporadas de sucesso de um seriado (expressão mais apropriada) com narrativa pensada em arco, como os das histórias em quadrinhos do gênero comics e que tiveram bem definidos início, meio e fim.

A série que estreou no ar na TV norte-americana em 26 de janeiro de 1994, mas que foi criada e começou a ser produzida e desenvolvida em 1993 está comemorando 20 anos de história.

Sua aventuras giram em torno da estação espacial Babylon 5: um ponto focal para discussões políticas, diplomacia e conflitos durante os anos de 2257 - 2262.

Por conta de sua narrativa corrente e o uso efetivo uso de arcos de história, já comentados anteriormente, a série foi frequentemente descrita como uma "novela para a televisão".

O piloto estreou nos Estados Unidos em 22 de fevereiro de 1993. Uma vez aprovado, o seriado iniciou as transmissões em 26 de janeiro de 1994 e teve cinco temporadas completas.

Além disso, Babylon 5 deu origem a seis filmes para TV e um spin-off, Crusade, que estreou em 1999 e teve apenas treze episódios.

Babylon 5 é uma estação espacial fictícia e cilíndrica. Seu projeto é uma variação do chamado "cilindro de O'Neill".

Ela foi projetada como a "última e melhor esperança de paz" e foi a última de seu tipo a ser construída, sendo que todas as suas predecessoras foram ou sabotadas ou, no caso de Babylon 4, roubadas sem deixar vestígios.

A estação é o lar para 250.000 seres vivos (humanos e alienígenas), incluindo por volta de 100.000 humanos e 2.000 soldados da Força Terrestre, com áreas reservadas para comércio, moradia e recreação.

J. Michael Straczynski, assim como George Lucas antes dele, soube como ninguém sobrepor gêneros e entrelaçar estilos narrativos em sua saga de aventuras. Babylon 5 apresentava personagens para todos os gostos e mesclava a space-opera com cinema noir e dramas políticos dos mais complexos.

O bem e o mal se enfrentam constantemente e podem ser percebidos no interior de cada um dos principais integrantes da estação que não são somente bons ou maus, podendo sempre exibir características de vilões ou de heróis tradicionais.

Já tendo trabalhado em diversas séries de TV de ficção científica cujo orçamento havia estourado, o criador J. Michael Straczynski concluiu que a causa era a falta de um planejamento de longo prazo e se pôs a procurar formas de criar uma série que pudesse ser realizada de maneira responsável.

Aprendendo as lições de outras séries de sucesso, que traziam semanalmente histórias centralizadas em uma locação específica como um hospital, uma delegacia de polícia ou um escritório de advocacia, ele decidiu que ao invés de "ir em busca de mundos novos, reconstruindo-os à cada semana", uma estação espacial fixa ajudaria a manter os custos de uma forma razoável.

Como fã de sagas como "Fundação", "O Fim da Infância" (Arthur C. Clarke), O Senhor dos Anéis (J. R. R. Tolkien), e Duna (Frank Herbert), Straczynski se questionou como ninguém antes havia pensado nisto e, ao mesmo tempo, começou a desenvolver o conceito para uma épico enormemente ambicioso, envolvendo enormes batalhas espaciais e outros eventos de "transformação do universo".

Percebendo que tanto uma série com um local fixo e uma aventura épico poderiam ser produzidos num único seriado, ele então começou a rascunhar a estrutura inicial do que viria a ser "Babylon 5" .

"Uma vez tendo encontrado o local, eu comecei a habitá-lo com personagens e a rascunhar quais situações poderiam ser interessantes. Eu busquei minhas anotações sobre religião, filosofia, história, sociologia, psicologia, ciência (aquelas que não faziam a minha cabeça explodir) e comecei a costurar uma colcha de retalhos que eventualmente se transformou em um desenho coerente. E com ela na minha cabeça, e sabendo qual era o tema central, o resto simplesmente foi se encaixando. De uma vez, eu vi uma história completa de cinco anos num instante e freneticamente comecei a tomar notas". - (J. Michael Straczynski em 1994)

Straczynski propôs cinco objetivos para Babylon 5. Ele disse que a série "teria que ser boa no gênero ficção científica", além de ser um bom programa de TV.

Outro objetivo era que a série tivesse um orçamento razoável e "fosse diferente de tudo o que já tinha sido visto na TV, apresentando as histórias individuais num pano de fundo muito mais amplo".

Além disso, ele estressou que sua abordagem era "levar a sério a ficção científica", construir personagens para adultos, incorporar a ciência real, mas mantendo as personagens no centro da história". Alguns dos pilares da ficção científica na TV até então estavam fora de cogitação (a série, "não teria crianças ou robôs engraçadinhos").

A ideia não era apresentar uma utopia perfeita no futuro, mas mostrar um universo onde haveria ganância e pessoas sem-teto, onde as personagens poderiam crescer, se desenvolver, viver e morrer; onde nada seria o mesmo, ao final dos eventos do dia. Citando Mark Twain como uma influência, Straczynski afirmou que queria que a série fosse um espelho do mundo real e, secretamente, pudesse também ensinar ao sobre a história recente da humanidade e de seus conflitos.

A última das estações "Babylon", Babylon 5 foi construída dez anos depois da Guerra Terra-Minbari. Seu objetivo era "evitar outra guerra criando um lugar onde os humanos e aliens pudessem acertar suas diferenças pacificamente". Por esta razão, ela se situava em território neutro: em órbita de Epsilon III e funcionava como um porto livre para 250.000 seres vivos.

Ela foi co-financiada pela Aliança Terrestre e pela Federação Minbari após as enormes perdas incorridas com o sumiço de Babylon 4.

O criador e showrunner J. Michael Straczynski escreveu 92 dos 110 episódios de Babylon 5, incluindo todos os 44 episódios da terceira e quarta temporadas. De acordo com Straczynski, uma façanha nunca antes realizada na televisão norte-americana.

Outros escritores que contribuíram para o seriado, incluem Peter David, Neil Gaiman, Kathryn M. Drennan, Lawrence G. DiTillio, D.C. Fontana e David Gerrold.

Harlan Ellison, um consultor de criação, especializado em ficção científica recebeu os créditos por dois episódios. Cada escritor era informado do arco de história geral, permitindo que a séria fosse produzida consistentemente dentro do orçamento. As regras de produção eram restritas e os roteiros eram escritos com antecedência de seis episódios e uma vez que a produção tivesse iniciado, não haveria mais mudanças.

Quando foi lançada, Babylon 5 continha três esquadrões de caças espaciais do modelo starfuries. Um quarto foi acrescentado quando o presidente Luis Santiago visitou a estação em 2258. Estes caças são lançados verticalmente, se valendo do efeito centrífugo causado pelas revoluções da estação. Babylon 5 também tem um sistema defensivo próprio e é capaz de abater caças e naves inimigas de menor porte. Quando piratas atacaram a estação em 2258, as torres de tiro foram utilizadas para dar suporte aos starfuries.

Em 2259, depois da chegada de diversos fuzileiros da Força Terrestre, as defesas da estação foram atualizadas, dando a ela a capacidade de se defender contra uma nave de grande porte, ainda que o novo comandante, o capitão Sheridan, se mostrasse relutante em utilizá-las. A força destas novas defesas foi mostrada no episódio final da segunda temporada (The Fall of Night) quando o capitão liberou todo o seu poder num cruzador de batalha classe Primus centauri e o destruiu, apesar de a estação também ter sofrido danos severos neste ataque não provocado.

Porém, o teste real veio em 2260, quando o presidente Morgan Clark ordenou a captura de Babylon 5 antes que ela pudesse se declarar independente (Severed Dreams). Uma frota de naves da Força Terrestre atacou a estação, que era defendida por duas outras naves, a EAS Alexander e a EAS Churchill.

A EAS Agrippa caiu frente à força do sistema defensivo da estação e, com alguma ajuda da Alexander, foi completamente destruída após ter recebido cinco tiros diretos da estação. É interessante que quando o capitão Sheridan deu a ordem de ataque contra a Agrippa, ele na verdade disse: "Me dêem uma solução de tiro na 'Roanoke'", que era outra nave enviada para capturar a estação.

Conselho de Babylon 5

O Conselho de Planetas Não-Alinhados existentes em Babylon 5  foi formado com representantes de todos os povos reunidos na estação espacial e constituído pelo comandante (que é o chairman ex officio do conselho e o representante da Aliança Terrestre) e pelos embaixadores das quatro grandes potências: República Centauri, Regime Narn, Federação Minbari e o Império Vorlon.

A série já foi lançada em DVD nos Estados Unidos e cada uma das cinco temporadas recebe títulos distintos como: Signs and Portents, The Coming of Shadows, Point of No Return, No Surrender, No Retreat e The Wheel of Fire.

Existe também um box especial com os 7 filmes de longa duração produzidos especialmente para a TV.

Créditos de divulgação: Warner Bros.

Clique abaixo e assista às aberturas produzidas para as cinco temporadas e que mostram os personagens principais de cada uma delas:

Babylon 5 Seasons 1 Through 5 Intro

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

As Aventuras de Edgar Rice Burroughs

Sempre gostei de aventuras. Desde pequeno. Não de viver perigosamente, já que passei de esquálido na adolescência para gordinho na fase adulta. E gordinhos, sinceramente, podem até ser considerados simpáticos, mas acredito que não deem bons super-heróis. E confesso também, igualmente, que sempre gostei de super-heróis.

Quando moleque, assistia juntamente com meu pai e meu sempre saudoso e querido avô Lund, filmes de aventura. Entre um dos que mais se destacava, estava Tarzan, dos macacos, criado pela mente imaginativa de Edgar Rice Burroughs. Foi somente bem mais tarde, já na época da faculdade, nos anos oitenta, que descobri seus outros personagens de ficção.

Por isso, é com grande emoção que comemorei a chegada em DVD, do filme da Disney, John Carter - Entre Dois Mundos: Perdido em um mundo. Encontrado em outro. Com 132 minutos, a produção que esbanja qualidade e bom senso na utilização dos efeitos de CGI (artes gráficas de computador) em 3D, além de seguir um roteiro da mais completa qualidade, já que não inventa e respeita as histórias do personagem criado por Edgar Rice Burroughs há mais de 100 anos, dentro de um romance chamado "A Princesa de Marte". Os direitos do personagem atualmente são da Disney, da Marvel, que publicava os quadrinhos e dos descendentes de Edgar Rice Burroughs.

No elenco, nomes desconhecidos que se mesclam com competência e a mesma qualidade dos outros aspectos do filme, já citados acima, ao lado de personalidades mais conhecidas: Taylor Kisch, Lynn Collins, Samantha Morton, Mark Strong, Ciaran Hinds, Dominic West, James Purefoy e Willem Dafoe.

Vale a pena acompanhar também o documentário que está incluído no DVD e que tenta explicar a necessidade de 100 anos, para que o romance e a saga de John Carter pudessem encontrar as telas de cinema e o triunfo das modernas telas de TV domésticas, com qualidade LED LCD e 3D.

Trata-se de um verdadeiro enredo de space-opera, conhecido por personalidades como George Lucas e Frank Herbert criadores de sagas como Guerra nas Estrelas e Duna.

Que o talento e a capacidade de Edgar Rice Burroughs possam vir a ser conhecidos pelas mais novas gerações, é o fator que me deixa realmente mais feliz. Coragem, lealdade, amor e dedicação não podem faltar aos verdadeiros heróis míticos. O que me entristece é que hoje não sejam mais referência das pessoas que se dizem de bem.
John Carter é um ex-capitão militar da Virgínia (USA) cansado dos terrores da Guerra de Secessão e que inexplicavelmente se vê transportado para Marte, onde ele acaba sendo envolvido em um conflito épico e também apaixonado por uma belíssima princesa. Confira.

Crédito das Fotos: Divulgação Disney/ Buena Vista

Clique no link abaixo para ver o trailer do filme:



John Carter: Entre Dois Mundos - Trailer - Legendado


Sinopse: John Carter é uma aventura de ação envolvente ambientada no misterioso e exótico planeta de Barsoom (Marte). O filme conta a história de John Carter (Taylor Kitsch), que é inexplicavelmente transportado para Marte onde se vê envolvido em um conflito de proporções épicas entre os habitantes do planeta, incluindo Tars Tarkas (Willem Dafoe) e a atraente Princesa Dejah Thoris (Lynn Collins). Em um mundo à beira do colapso, Carter descobre que a sobrevivência de Barsoom e de seu povo está em suas mãos.

Diretor: Andrew Stanton
Ano: 2012
Gênero: Fantasia
Título Original: John Carter


Novembro de 2012.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Retrô-TV - O Super Homem Eletrônico

Quem passou da infância para a adolescência em plenos anos 70, já deve ter falado de Steve Austin, o Homem de Seis Milhões de Dólares! Resultado de um dos mais secretos projetos governamentais dos Estados Unidos da América e uma série de TV das mais bem sucedidas na época. O assunto central do enredo do seriado eram os implantes biônicos em um ser humano.

Mas, para falar melhor sobre este assunto, convidamos o Wanderley, excelente editor de TV aqui no Brasil e fã de carteirinha da série e do seu personagem principal. Bom entretenimento!

Texto de Wanderley da Ressurreição Bento:


Falar do "O Homem de Seis Milhões de Dólares",é uma tarefa muito agradável para mim. Pois sou um grande fã desta série que se tornou um ícone da TV. Na época em que ia ao ar, entre 1974 e 1978, eu tinha mais ou menos 14 ou 15 anos de idade, e não perdia um episódio. Steve Austin é o personagem central da história, vivido pelo ator Lee Majors, e é um astronauta que sofre um acidente quase fatal durante um voo de teste com uma aeronave experimental.

No acidente ele  vira apenas uma sombra do que era, pois perde as duas pernas, o braço  direito e o olho esquerdo. Neste momento entra em cena outro personagem importante da série, Oscar Goldman, homem poderoso e influente do governo americano, a frente da O.S.I. (Office Scientific Inteligence), e que tem em mãos um projeto inédito, o de construir o primeiro homem biônico do mundo. Para a sorte de Oscar (e de Steve), Austin se encaixou perfeitamente no perfil procurado pela O.S.I.,e a cirurgia foi feita. O começo de tudo, é mostrado no longa "O Homem de Seis Milhões de Dólares", o longa têm varias diferenças em relação a série, e a mais grave é a trilha sonora, totalmente experimental, criada por Gil Melé.

Como o longa é muito detalhado em contar o acidente, a cirurgia e recuperação de Steve, existem poucas cenas de ação e muitos diálogos (interessantes), agravados pela trilha sonora morna (para não dizer morta), de Melé. Graças aos céus, isto foi corrigido nos episódios da série, ou ela, com certeza não teria durado quatro temporadas. Mesmo assim o longa mostra facetas interessantes da história, como a dificuldade de adaptação psicológica de Steve a nova situação. Foram produzidos mais dois longas, para definir o formato final da série, com os títulos: "Wine,Women and War" (Vinho, Mulheres e Guerra) e
"The Solid Gold Kidnapping" (O Rapto).

A curiosidade que existe nestes dois longas, é que no primeiro a história é bem realizada no estilo "James Bond", e não é preciso dizer que não ficou nada convincente, mas no segundo já é possível perceber que estavam achando o caminho certo, com um estilo único, que levou a série ao sucesso. É bom registrar que, o próprio Lee Majors exigiu que se destacasse mais o lado humano de seu personagem, ou ele não faria a série (será?).  De qualquer forma esta decisão se mostrou acertada, pois ouve um bom equilíbrio entre as super façanhas biônicas, e o Steve Austin humano, muito ligado a família e tudo mais. Com isso, conseguiram deixar o Steve humano tão interessante quanto o Steve biônico, fator este que enriqueceu a série, e nós, telespectadores, que ficamos pra lá de agradecidos.

Todos os longas foram ao ar na TV norte-americana no ano de 1973, 7 de março, 20 de outubro e 17 de novembro, respectivamente. E veio a primeira temporada, com o primeiro episódio indo ao ar em janeiro de 1974. O caminho estava mais ou menos definido, mas algumas coisas foram sendo introduzidas no decorrer da série, como os ruídos eletrônicos (efeitos, sons incidentais) que acompanhavam qualquer façanha biônica, como o famoso efeito sonoro do olho biônico e o slowmotion (a câmera lenta) quando Steve corria biônicamente.

Na primeira temporada, já temos alguns episódios que se destacam bastante pela qualidade do enredo e um deles é "População Zero", com um roteiro bem escrito, baseado no filme "O Enigma de Andrômeda", utilizando inclusive  algumas cenas deste. Na história, um cientista (Dr. Beacon), revoltado com sua demissão do governo usa uma arma sônica criada por ele para se vingar e chantagear as autoridades.

Cenas antológicas

1- Steve vestindo um traje espacial para entrar na cidade, que teve toda a sua população supostamente morta por um vírus, mas que na realidade foram vítimas do Dr. Beacon e de sua arma. Detalhe: o traje espacial usado na cena é real, cedido pela NASA


2- Steve escapando do local onde os bandidos o colocaram (um frigorifico: os implantes biônicos falham no frio intenso), seu andar titubeante no deserto, até a sua recuperação em slowmotion (uma das grandes descobertas da produção). A sua chegada triunfal a tempo de salvar Oscar e os soldados do exército dos efeitos mortais da arma sônica. Além da parte final do episódio, com cenas também em câmera lenta e uma música vibrante, que mostraram que a produção estava no caminho certo. Sem esquecer que, em todos os episódios, Steve tinha a chance de mostrar o seu lado humano (inclusive o romântico, sempre rodeado de belas mulheres).


Outro episódio que merece destaque é o "Duelo de Gigantes",¨onde o genial cientista (porém sempre voltado para o crime, no melhor estilo de cientista louco é o Dr. Dolenz, que faz a sua primeira de muitas aparições no seriado. Neste episódio, ele substitui um cientista do exército, amigo de Steve, por um robô idêntico ao verdadeiro cientista. No decorrer da história é muito interessante acompanhar como Steve vai percebendo que o seu amigo não é o seu amigo. Trata-se de mais um, dos muitos recados da série, de que a máquina jamais substituirá o homem.

Cenas antológicas: 

1- O duelo final entre Steve e o robô (claro que é realizado em câmera lenta), que dá o titulo em português ao episódio. Já com a música que, daí em diante, acompanharia muitas cenas de luta em outros episódios.

Gostaria de falar rapidamente sobre a trilha sonora definitiva da série que também virou um ícone, e que, curiosamente foi composta por Oliver Nélson. Ele era um músico totalmente voltado ao jazz e percebe-se isso na trilha. O Homem de Seis Milhões de Dólares foi original até na escolha de quem faria a trilha sonora e realmente ficou perfeita: uma série totalmente original para os conceitos da época e com uma música totalmente inovadora. 


Infelizmente, ele faleceu durante a segunda temporada mas conseguiu deixar a sua marca. Outro episódio que merece destaque na 1ª temporada é "Chama Viva", que mostra um astronauta (mais uma vez, um amigo de Steve), que volta de uma missão espacial com alterações elétricas em seu cérebro e que o tornam superinteligente. O destaque fica para o ator que faz o astronauta amigo de Steve, ninguém menos que William Shatner, o famoso e querido Capitão James T. Kirk, que na vida real já eram amigo de Lee Majors. Continuam sendo até hoje. 


Cena antológica: 


Shatner conversando mentalmente com os golfinhos de um aquário.


Chegamos a segunda temporada, que foi ao ar em setembro de 1974 já totalmente estruturada e com o seu formato definitivo. 


E é onde está um dos melhores episódios da série: "O Homem de Sete Milhões de Dólares". Neste episódio Steve descobre que Oscar fez mais um homem biônico, e que desta vez infelizmente as coisas não deram muito certo. O outro homem biônico é Barney Miller, ex - piloto de corridas que sofre um acidente nas pistas, e é reconstruído pelo Dr. Rudy Wells e sua equipe. O personagem é vivido pelo ator Monte Markhan, que os produtores tinham escolhido para fazer Steve Austin, até aparecer Lee Majors e lhe tomar o papel. 


Barney está tendo dificuldades de adaptação, e isto está lhe causando problemas de instabilidade psicológica. Oscar chama Steve para ajudar Barney a se recuperar mas isso acaba não adiantando muito. A instabilidade emocional de Barney aumenta e ele fica incontrolável e perigoso. E o único que está a altura de enfrentá-lo é Steve Austin.


Cenas antológicas: 

1- A primeira missão de Barney, onde ele mostra todo o seu descontrole,tombando carros e jogando pessoas longe sem necessidade.

2 – O combate final entre os dois homens biônicos, com direito a muitos ruídos biônicos e uma longa cena de luta em slow.

Outro episódio que merece destaque é o "Return of the Robot Maker" (O Rapto), onde o velho conhecido Dr. Dolenz volta a atacar, desta vez substituindo o próprio Oscar Goldman por um robô idêntico ao original.

Cenas antológicas:

1- Steve tentando tentando ultrapassar as defesas de uma base secreta do governo usando suas habilidades biônicas.

2- E,é lógico,o embate final de Steve com a cópia de Oscar, onde ele usa sua inteligencia para descobrir quem é o verdadeiro Oscar.

E para terminar esta temporada com chave de ouro, vamos falar de um episódio que foi o responsável pelo surgimento do que nós, hoje em dia, chamamos de crossover (uma outra série derivada da série original). Estou falando do episódio "The Bionic Woman" (A Mulher Biônica), na época fez um sucesso estrondoso, e como disse, deu origem a uma série própria da personagem. Um episódio especial dividido em duas partes, onde ficamos conhecendo um pouco mais da vida pessoal de Steve (é nesse episódio que  a mãe de Steve aparece pela primeira vez), já que em um episódio da primeira temporada ficamos sabendo que o pai de Steve também era da USAF (Força Aérea Norte-Americana, e que morreu em ação.

Em A Mulher Biônica descobrimos que sua mãe casou-se novamente e que Steve se dá muito bem com seu padrasto, realmente um episódio muito interessante neste aspecto. Nesta história Steve resolve tirar uma folga do seu estressante e perigoso trabalho, e vai visitar sua mãe e seu padrasto na cidade onde nasceu (Ojai, Califórnia). Lá ele acaba encontrando um antigo amor dos tempos de estudante, Jaime Somers, e que se tornou uma famosa tenista. O encontro desperta antigos e fortes sentimentos e eles resolvem se casar. 


Dai para frente tudo parece um sonho maravilhoso até que resolvem saltar de paraquedas: e a tragédia estava armada. Em um infeliz acidente, o paraquedas de Jaime não abre, os danos do acidente são obviamente muito graves, já que ela perde o audição do ouvido direito, as duas pernas e o braço direito, sem contar que estava a beira da morte. 


Em desespero Steve recorre a Oscar para salvá-la usando usando a tecnologia biônica, sabendo que seria a única chance de Jamie. Oscar inicialmente se recusa, mas de muita insistência de Steve acaba cedendo, não sem antes dizer que ele poderia se arrepender do que estava pedindo. Para resumir (pois o episódio é em duas partes), a cirurgia é feita com sucesso, e após a fase de adaptação, Jamie é enviada em sua primeira missão. 


Só que Jamie escondeu de todos que seu braço biônico estava tendo estranhos espasmos, e isso quase põe a missão a perder, mas as coisas só pioram, após a sua volta os espasmos pioram, e ela começa a sentir fortes dores de cabeça. Steve percebe as mudanças bruscas na personalidade de Jamie que a tornam violenta. 


Examinada pelo Dr. Wells, descobrem que o corpo de Jamie está rejeitando as partes biônicas, causando um coagulo no cérebro que pode levá-la a morte, a única solução é uma cirurgia. Infelizmente a cirurgia não obtém sucesso e Jamie acaba morrendo, uma cena comovente com Steve chorando a morte da sua amada (nessas horas a série faz jus a sua fama de melodramática).


Cenas antológicas: 

1 – Steve acompanhando Jamie em sua primeira missão, e após quase fracassarem empreendem uma fuga espetacular para conseguirem escapar dos bandidos.

2 – Steve sai a procura de Jamie, que após uma crise de dor e mudança de personalidade, foge do hospital,uma cena interessante de baixo de uma chuva forte,na qual o único que poderia trazer Jamie de volta era Steve.

O episódio duplo da mulher biônica fez tanto sucesso, que os produtores da série não poderiam perder essa chance, e na terceira temporada deram um jeito de Jamie ressuscitar. E é disso que vamos falar agora, pois a terceira temporada inicia com outro episódio duplo dedicado a mulher biônica (eps. 1 e 2).

"O Retorno da Mulher Biônica" tem um roteiro muito original para a época, pois nos é mostrado que logo após a morte de Jamie, um dos médicos sob a liderança do Dr. Wells, o Dr. Michael, surge com uma proposta que poderia trazer Jamie de volta a vida, uma nova técnica criogênica que ele desenvolveu. Sem o conhecimento de Steve, Oscar e Wells autorizam o procedimento, e assim é feito, com a técnica, nunca testada antes, que obtém sucesso e Jamie é trazida de volta ao mundo dos vivos.

No inicio do episódio, Steve está em missão, mas algo dá errado e ele tem as duas pernas biônicas seriamente danificadas,após o resgate ele é levado a um centro de pesquisas secreto do governo,para reparar a suas pernas.

Enquanto está sedado, por conta das fortes dores, Steve vê, de relance, Jamie Somers, quando acorda, ao comentar o que viu ao Dr. Wells e Oscar, é convencido pelos dois que havia tido delírios devido aos sedativos fortes que estava tomando. 


Só que SteveJamie em mais duas situações, e destas vezes, ele não estava sob efeito de sedativos. Então, ele procura Oscar e o Dr. Wells e sob ameaça os dois finalmente lhe contam a verdade, e que esconderam tudo de Steve pois queriam poupá-lo, caso a experiência desse errado. 


Steve exige ver Jamie e para a sua infelicidade descobre que um dos efeitos colaterais do procedimento é a perda de memória. Jamie simplesmente não lembra quem é Steve


Cenas antológicas:

1 – Steve treinando Jamie e a ajudando a se readaptar aos seus implantes biônicos.

2 – A guerra de travesseiros biônica entre Steve e Jamie (momento fofinho ou momento”own”da série).

3 – Os vários momentos de crise de Jamie, pois quando ela começa a relembrar do passado as fortes dores voltam.

4 – A decisão de afastar Jamie de tudo e de todos que a façam lembrar do passado, evitando assim que ela volte a ter dores,ou até mesmo morra.

O ultimo momento antológico foi que proporcionou o gancho perfeito para que os produtores gerassem a série solo da "Mulher Biônica", pois o governo arranja uma nova identidade para Jamie, e ela vai morar em uma pequena cidade onde ninguém a conhece.

A terceira temporada tem um outro episódio sempre destacado pelos fãs da série entre os melhores. Trata-se de outro episódio duplo (episódios:17/18), "The Secret of Bigfoot" (O Segredo do Gigante), aliás o nome em português é horrível. Steve descobre que o mito do "bigfoot" (pé grande), é mais real do que as pessoas pensam, mas não é exatamente aquilo que a história conta. Ele acaba descobrindo que o "pé grande", não é um homem primitivo gigante, uma espécie de sasquatch, mas sim um andróide, construído por uma civilização extraterrestre, escondida nas montanhas a milênios, e que atuava como uma espécie de guardião.

Cenas antológicas: 

1 - A destruição do acampamento do exercito pelo "pé grande".

2 - A busca de Steve por dois cientistas do governo que sumiram misteriosamente,o que leva Steve a dar de cara com o "pé grande".

3 - O combate (não podia faltar) entre Steve e o "pé grande", onde ele comprova a superioridade tecnológica e de força do andríide alienígena.

4 – As cenas onde os aliens usam um aparelho que lhes permite se mover tão rápido, que os seres humanos não os enxergam (mas o olho biônico de Steve enxerga).

Vamos então para a quarta temporada, onde o primeiro episódio é o "The Return of Bigfoot" (A Volta do Pé Grande), não tão bom como o anterior, e com pouca coisa a se comentar. Nesta temporada também notamos uma leve mudança no visual de Lee Majors, que na quinta e última temporada se torna mais radical (o que na minha opinião, e na de muitos outros fãs da série, estragou o personagem Steve Austin), com um bigodinho ridículo, e permanente no cabelo (sem comentários).

O episódio "Death Probe" (Sonda mortal) em duas partes, é a história de uma sonda-robô russa que tem como destino Vênus, mas que um função de um defeito volta a cair na Terra novamente, e em território americano. Descontrolada e avariada, a sonda passa a destruir tudo em seu caminho. Sem outra opção, o governo russo pede ajuda aos americanos,e é ai que entra Steve Austin. O embate entre Steve e a sonda é muito bacana, e eu considero este episódio duplo, o útimo suspiro da série em termos de bons roteiros, já que os produtores e roteiristas contratados estavam perdendo o fôlego e a criatividade.


Não há muito o que dizer da quinta temporada, a não ser o que já foi dito anteriormente sobre a falta de criatividade,  já que nesta temporada existe uma profusão de episódios duplos, contando com uma "nova" história da "Sonda Mortal", e mais um episódio com o "Pé Grande". Apesar dos episódios duplos, a qualidade os roteiros caiu vertiginosamente, antecipando para os fãs o que iria acontecer ao final dela, já que foi a ultima temporada de "O Homem de Seis Milhões de Dólares".

Em 1987 fizeram um longa para a tv: "The Return of The Six Million Dollar Man and Bionic Woman", com um gordo Steve Austin, e uma "Senhora Biônica". Seu roteiro  era fraquíssimo e desinteressante, realmente chato de dar sono. Mas parece que o saudosismo foi maior (ou a loucura), e em 1989, produziram outro longa: "Bionic Showdown", nem melhor nem pior que o anterior. Apenas mais uma lamentável realização.

E contrariando todas as expectativas em 1994, veio "Bionic Ever After", realmente inexplicavel!!! Para esse que vos escreve sim, acredito muito no ditado: "quanto mais mexe mais fede". A série teve o seu momento e o seu lugar na história da TV, tanto que ninguém discute a sua importância na cultura pop, mas esse é mais um caso daqueles em que é melhor deixar como está. A série é boa como é, com poucos recursos, efeitos simples, e até falhas de continuidade, mas esse é seu charme também. É isso o que atrai os fãs, sem contar, como disse no início, que o conceito da série é fantástico até hoje ,além da sua época; totalmente trash. Houve um período em que rolaram boatos de que iriam produzir um longa para cinema da série, e o papel de Steve Austin seria de Jim Carey (arrepio). Ainda bem que não passou de boatos,já que isso é tudo o que a série não precisa, e se fizerem alguma coisa, peço apenas que respeitem os fãs, que não são poucos em todo o mundo. Não produzam uma comédia, mas sim um filme que guarde realmente a mensagem da série original.

Guardadas as devidas proporções, aconteceria com a série, o mesmo que aconteceu com a refilmagem de "Psicose", já que existem coisas que devem ser deixadas como estão. Não devem ser mexidas. Assistam reprises, assistam seus dvds até furarem, mas pelo menos estarão vendo a série com o que é mais importante nela e que são a sua essência e diversão!

Créditos das imagens: Universal Produções e You tube





Wanderley da Ressurreição Bento é editor e fã de séries de TV.






Clique no link abaixo e mate as saudades da antológica abertura da série: "O Homem de Seis Milhões de Dólares", produzida e distribuída pela Universal:

THE SIX MILLION DOLLAR MAN OPENING SEQUENCE HD

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Homenagem para Spielberg

Nos áureos anos 80, íamos ao cinema, sobretudo, para encontrar diversão, aventura e emoção. E um dos cineastas que garantiu isso para a minha geração, foi sem dúvida alguma Steven Spielberg, com filmes como Goonies, Caçadores da Arca Perdida, ET, Contatos Imediatos e O Império do Sol. Nas histórias retratadas na telona pelo célebre realizador norte-americano, o olhar da juventude, sempre foi preservado e destacado.

Em Super 8 (2011), uma recente produção de Spielberg, com direção de J.J. Abrams, é este cinema dos anos 80, que é claramente homenageado pelo criador realizador de séries de TV como Fringe, Alias e Lost.

O Super 8 original era um sistema de filmagem sem som, mas em 1973 foi lançada a versão sonora, com pista magnética. Os cartuchos sonoros são um pouco maiores, para acomodar uma distância entre a janela da câmara, onde o filme é exposto e forma-se a imagem, e uma segunda abertura, onde uma cabeça magnética da câmara entra em contato com a pista magnética do filme e grava o som. Câmaras Super-8 sonoras, com espaço interno maior e cabeças magnéticas de gravação, eram compatíveis com cartuchos silenciosos, mas câmaras silenciosas não podiam utilizar cartuchos sonoros.

Em 1997, a Kodak parou de fabricar filmes Super-8 sonoros, alegando motivos ecológicos: a substância utilizada para colar a pista magnética na película foi considerada prejudicial ao meio ambiente. 

No filme de J. J. Abrams, uma turminha do barulho em clima de paquera se envolve em confusões que até Deus duvida com um amigo de outro mundo. Leia essa introdução com a voz do narrador dos filmes da “Sessão da tarde” antes de assistir a Super 8. É a melhor maneira de entrar no clima proposto por J.J. Abrams e Steven Spielberg no longa que estreou no Brasil, no ano passado.

Cercado de mistério desde o anúncio de sua produção, Super 8 se vendeu inicialmente como mais uma aventura de suspense e ficção científica de Abrams, produtor de filmes como Cloverfield e criador da série Lost. A sinopse divulgada meses atrás dizia apenas que a história se passava em 1979, em uma pequena cidade do subúrbio americano. Ali, um grupo de adolescentes grava um acidente de trem enquanto filmam um curta de zumbis amador. Uma criatura desconhecida é libertada no desastre e só eles têm a sua imagem.

Mas basta começar a assistir Super 8 para reparar que a sua pegada é outra. Despretensioso e divertido, ele resgata o clima dos blockbusters juvenis que Spielberg criou na década de 1980 e até hoje são cultuados.

O filme celebra ainda valores e descobertas inesquecíveis como o primeiro amor da adolescência, o sabor da aventura entre os melhores e mais leais amigos e o surgimento do inesperado. Mais que uma homenagem, também uma obra referência do bom cinema do escapismo que deve ser acompanhado sempre de pipoca e coca-cola!

Clique no link abaixo e veja o trailer do filme, já disponível em DVD e Blu-ray disc:


Super 8 é um filme de ficção científica americano de 2011 escrito e dirigido por J. J. Abrams, e estrelado por Kyle Chandler, Joel Courtney, Elle Fanning e Noah Emmerich. Foi lançado no dia 10 de junho de 2011 nos Estados Unidos e no dia 12 de agosto de 2011 no Brasil. Conta a história de um grupo de crianças que estão filmando seu próprio filme em super-8 quando um trem descarrilha, libertando uma perigosa presença na cidade.

A trama se passa no verão de 1979, quando um grupo de seis garotos, em uma cidade industrial de Ohio, chamada Lillian, testemunha uma catastrófica colisão noturna de uma caminhonete com um trem de carga. Eles registram tudo com a câmera Super-8 com a qual estavam tentando fazer um filme. Não tarda para que eles comecem a desconfiar que aquilo não foi um acidente, quando misteriosos desaparecimentos começam a acontecer e a Força Aérea tenta encobrir a verdade — algo muito mais terrível do que eles poderiam imaginar.

Abrams e Spielberg colaboraram para criar a história do filme. Inicialmente foi reportado que o filme seria uma sequência ou uma prequência de Cloverfield, produzido por Abrams. Entretanto, Abrams rapidamente respondeu dizendo, "Você deve ver o trailer, porém não tem nada a ver com Cloverfield". Foi filmado de forma tradicional, diferentemente de Cloverfield, com as filmagens ocorrendo de setembro até outubro de 2010, na cidade de Weirton, Virgínia Ocidental. O teaser trailer foi filmado separadamente, em abril do mesmo ano. O filme é o primeiro trabalho original de Abrams no cinema, tendo previamente dirigido sequências de duas famosas franquias; Mission: Impossible III (Missão Impossível 3) e Star Trek (Jornada nas Estrelas).

Super 8 foi bem recebido pela crítica especializada. No site Rotten Tomatoes o filme possui um indíce de aprovação de 82%, baseado em 243 resenhas, com uma nota média de 7,4/10. O consenso é "Pode evocar lembranças de sucessos de verão clássicos um pouco ansiosamente para alguns, porém Super 8 tem excitação, deslumbramento visual e profundidade emocional de sobra". No agregador Metacritic, o filme tem um indíce de 72/100, baseado em 41 resenhas, indicando "críticas geralmente favoráveis".